Projeto de melhoria da oferta formativa em agroecologia no Centro de Instrução de Formação Artesanal e Profissional (C.I.F.A.P / MURIALDO-BULA) na Guiné-Bissau

O projeto insere-se num contexto territorial alargado com uma vasta área de influência. É de salientar que a Guiné-Bissau e a região centro, em particular, são predominantemente agrícolas e que 95% do público-alvo praticam a agricultura. A melhoria da formação em agroecologia permitirá aos formandos de influenciar as mudanças no sector agrícola, à escala regional, tornando-o mais sustentável.

Além disso, a Guiné-Bissau, apesar de ser um país essencialmente agrícola, carece de técnicos e de centros de formação profissional no domínio agrícola. Existem atualmente 3 centros em todo o país, com um sistema de ensino muito frágil e que precisa ser reestruturado e reforçado. Destes centros, apenas o C.I.F.A.P tem a agroecologia no seu currículo, e recebe estudantes de quase todas as regiões do país. Portanto, melhorar a formação deste centro em agroecológica significa, promover e divulgar a agroecologia e a agricultura ecologicamente intensiva para ajudar as pessoas a tornarem-se mais resilientes face à insegurança alimentar do país e às mudanças climáticas.

O centro já praticava a formação em agricultura, mas não especificamente na área da agroecologia. O projeto permitirá, portanto, fazer evoluir toda a engenharia de formação, o conteúdo da formação, nomeadamente em termos de adaptação a uma abordagem sistémica que exige métodos de ensino específicos, uma vez que as matérias devem ser apreendidas por elas mesmas, mas sobretudo na sua interação com outras matérias. O Diretor e os 4 formadores devem ser formados em agroecologia a todos os níveis, e o centro deve ser reabilitado.

Neste sentido, as principais atividades desenvolvidas são as seguintes:

• Formação do Diretor em investigação e acompanhamento de parcerias, bem como a formação do Diretor e de 8 formadores em sistemas agroecológicos, engenharia de formação e engenharia pedagógica;
• Desenvolvimento e implementação de currículos de formação em agroecologia;
• Melhoria do acesso dos jovens e dos produtores à formação em agroecologia, nomeadamente através da reabilitação das instalações de ensino e de produção e da aquisição de novos equipamentos.