Embora África tenha potencial para ser o cabaz alimentar do mundo, a utilização ineficiente de fertilizantes e a má gestão da saúde dos solos, entre outros factores, significam que África continua a lutar para se alimentar adequadamente. Com base nos progressos realizados desde a Declaração de Abuja sobre Fertilizantes em 2006 e a Cimeira Africana sobre Fertilizantes e Saúde do Solo em maio de 2024 em Nairobi, Quénia, a CEDEAO, em colaboração com parceiros técnicos e financeiros como o OCP Africa, IITA, APNI, IFDC, UM6P e o Banco Mundial em particular, lançou oficialmente o Centro Regional de Fertilizantes e Saúde do Solo para a África Ocidental e o Sahel em 26 de junho de 2024.

O Centro tem como objetivo melhorar a saúde do solo e a produtividade agrícola em toda a região. Está sediado no campus do Instituto Internacional de Agricultura Tropical (IITA) em Ibadan, Nigéria, com financiamento inicial do Banco Mundial e da OCP-África. É um subprograma da CEDEAO gerido por um consórcio de parceiros técnicos, incluindo o IITA, o Centro Internacional de Desenvolvimento de Fertilizantes (IFDC), o Instituto Africano de Nutrição Vegetal (APNI), o OCP-África e a Universidade Politécnica Mohamed 6 (UM6P), e coordenado pelo IITA.

O principal papel da plataforma consiste em prestar assistência técnica para o desenvolvimento e a implementação de investimentos em fertilizantes e na saúde dos solos nos países da CEDEAO, incluindo a Mauritânia e o Chade. Destina-se a países da África Ocidental e do Sahel para melhorar a saúde do solo a longo prazo e a gestão da fertilidade para maiores rendimentos e rentabilidade, utilização eficiente dos recursos (nutrientes, água, trabalho, sementes) e resiliência climática. Este evento constitui um marco importante no esforço coletivo para melhorar a saúde dos solos e a produtividade agrícola na África Ocidental e no Sahel.

No lançamento, a Comissária da CEDEAO para os Assuntos Económicos e a Agricultura, Massandjé Touré_Litsé, assinou um memorando de entendimento com o IITA para implementar a política agrícola regional (ECOWAP) e o Centro Regional da África Ocidental, e outro com a OCP Africa para oportunidades de formação em extensão agrícola sobre fertilizantes e saúde do solo na Universidade Politécnica Mohamed 6 em Marrocos.

Para recordar, a resolução do problema da saúde dos solos em África exige mais do que assistência técnica. Trabalhar em conjunto através de parcerias e sinergias efectivas é uma das formas mais seguras de ter um impacto nos meios de subsistência das pessoas. Por conseguinte, a CEDEAO insta todas as partes interessadas a unir forças para inverter o curso da insegurança alimentar na África Ocidental. O Centro de Fertilizantes e Saúde do Solo para a África Ocidental, bem como o roteiro e os planos de ação, proporcionam um quadro favorável para alcançar este objetivo.

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