Eixo estratégico 2: Promover cadeias de valor agrícolas e agroalimentares contratuais, inclusivas e competitivas orientadas para a demanda regional e internacional, com vista a integrar o mercado regional

Este eixo centra-se na organização e estruturação de cadeias de valor regionais de produtos agrícolas e alimentícios estratégicos, desde a colheita  e a comercialização dos produtos ao nível das organizações de agricultores até à distribuição. Inclui questões institucionais, questões tecnológicas, de qualidade, padrões e rastreabilidade, promoção da imagem dos produtos regionais,  financiamento de agentes económicos,  funcionamento dos mercados regionais e gestão da interface do mercado regional e dos mercados internacionais, tanto para a exportação quanto para a importação (veja abaixo para dimensões trans-setoriais). Ao contrário do PRIA de 1ª geração, o Quadro de Orientação Estratégica de 2025 inclui os sectores de exportação em torno dos quais vários países decidem cooperar, tanto a nível técnico (investigação, modernização, etc.), como ao nível de investimentos conjuntos no processamento e valorização de produtos e, finalmente, em negociações internacionais específicas (o caso do algodão na OMC).

Este eixo estratégico é fundamental na medida em que deve acelerar a adaptação do abastecimento agrícola e alimentar a uma demanda em rápida mudança devido ao crescimento populacional, urbanização, diferenciação dos rendimentos e das mudanças nas práticas alimentares induzidas por esses dois últimos fatores. O Eixo 1 voltado para a dimensão de produção é complementado pelo Eixo 2, centrado na transformação, armazenamento, preservação, embalagem e distribuição de produtos. É nesta área que a CEDEAO considera que os investimentos do sector privado devem concentrar-se. É também uma área que requer instrumentos adequados para o financiamento de investimentos e atividades atuais, bem como um marco regulamentar, jurídico e institucional propício aos investimentos de longo prazo.

Existem várias abordagens para organização e estruturação dos setores com base em diferentes modelos. A CEDEAO promove abordagens baseadas em alguns princípios:

  • Reforçar as capacidades das diferentes categorias de atores para que eles tenham a capacidade de negociar com outros agentes económicos da cadeia de valor;
  • A contratualização das relações entre produtores,  as suas organizações económicas e outros agentes a montante e a jusante da produção, no âmbito de arranjos institucionais claros, inclusivos e eficientes;
  • A equidade e a previsibilidade dos contratos dentro da cadeia de valor;
  • Encorajar a instalação / modernização de empresas artesanais, PME e PMI que combinem elevado conteúdo de emprego e tecnologias adaptadas ;

No âmito do PRIASAN, serão definidas cadeias agroalimentares que sejam particularmente estratégicas para as mulheres e o seu status económico, e que beneficiarão de apoio específicos;